São Paulo, quinta-feira, 4 de abril de 1996
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Corte admite morte induzida

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um tribunal federal de apelação de Nova York (Costa Leste) autorizou médicos dos Estados de Nova York, Vermont e Connecticut a ajudar pacientes a cometer suicídio.
Segundo os três juízes que deram a decisão, prescrever remédios a pacientes terminais é a mesma coisa que desligar um aparelho que mantém alguém vivo.
"Os médicos não vão se tornarão assassinos ao receitar um medicamento que acelera a morte", afirmaram os três juízes.
Pelo texto foi autorizado que apenas o médico pode prescrever drogas que acelerem a morte de pacientes mentalmente lúcidos e que possam tomar os medicamentos sozinhos.
Há dois meses um tribunal federal de apelação de São Francisco (Califórnia) aprovou sentença permitindo que médicos pratiquem suicídio assistido.
"Que interesse tem o Estado em prolongar a agonia de alguém?", argumentou um dos juízes.
"O Estado tem o dever de cuidar da vida dos mais frágeis", disse a secretária da Justiça de Nova York, Dennis Vacco. "Ao abrir esta porta, o tribunal também nos conduz àquela (porta) dos abusos impossíveis de serem detectados a tempo."
Ela anunciou que vai apelar contra a decisão na Suprema Corte. A Igreja Católica também criticou a medida dos juízes.

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