São Paulo, sexta-feira, 5 de abril de 1996 |
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Dívida aumenta R$ 1,5 bilhão
CARLOS ALBERTO SARDENBERG
Todo o dinheiro obtido pelo governo paulista seria utilizado para cobrir a dívida com o Banespa, que sairia assim do regime de intervenção federal em que se encontra desde 30 de dezembro de 94. A implementação de todos esses pontos se complicou. O empréstimo precisa de autorização do Senado, onde surgiram obstáculos. Uma comissão especial de cinco senadores, designada para o caso, exige um documento assinado por FHC, Pedro Malan, ministro da Fazenda, e Gustavo Loyola, presidente do BC, assegurando que os R$ 7,5 bilhões resolvem o caso. É uma garantia difícil de ser dada, mesmo porque o banco voltará à administração paulista. E também porque, por conta dos juros, a dívida de São Paulo com o Banespa já aumentou mais R$ 1,5 bilhão. O item Fepasa também está complicado. Pelo acordo, o BNDES compraria a Fepasa, a rede ferroviária paulista, para privatizá-la. E desde já adiantaria R$ 3,6 bilhões. O governo paulista voltou a achar que o preço é pequeno, considerado o patrimônio. Para o BNDES, está alto, considerada a possibilidade de operação da rede. No que se refere a Cumbica e Congonhas, a Infraero, estatal federal, não encontra base jurídica para pagar R$ 1 bilhão por aeroportos que construiu e já opera. Mesmo que o BNDES empreste o dinheiro à Infraero, o negócio é caro e juridicamente duvidoso, admitem fontes do governo paulista. Para simbolizar a situação de desânimo, está a atitude da comissão integrada por membros do governo paulista e do BC, para fazer a transição do Banespa. A comissão esteve no banco uma vez, em janeiro, após a assinatura do acordo, em reunião com os interventores. E nunca mais voltou. (CAS) Texto Anterior: Saída para acordo está mais difícil Próximo Texto: Finanças do banco pioram Índice |
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