São Paulo, sexta-feira, 5 de abril de 1996
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Assembléia rejeita afastar governador

Manifestantes ameaçam deputados

ESTANISLAU MARIA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM

Acabou em pancadaria anteontem à tarde a sessão extraordinária na Assembléia Legislativa do Acre que rejeitou, por 17 votos a 7, o pedido de impeachment do governador Orleir Cameli (sem partido).
Quatro deputados do PMDB, um do PC do B e dois do PT votaram pelo impeachment. Os sete do PPB, seis do PFL, dois do PMN, um do PSDB e um do PMDB votaram contra.
Inconformados com a vitória do governo, 50 manifestantes -a maioria sindicalistas- que acompanhavam a votação ameaçaram quebrar os vidros que separam as galerias do plenário.
Para evitar que os deputados fossem agredidos, os seguranças da Assembléia entraram em confronto com os manifestantes.
O COE (Comando de Operações Especiais) da Polícia Militar retirou os sindicalistas do prédio e controlou a situação.
Não houve presos. Um manifestante não-identificado teve ferimentos leves. Os deputados saíram escoltados.
O assessor de comunicação do governo, Luís Edmundo Monteiro, disse que a oposição apresentou ao Ministério Público 17 denúncias de supostas irregularidades praticadas pelo governador.
Três dessas denúncias -desvio de verbas, registros "fantasmas" no CPF (Cadastro de Pessoa Física) e dispensa ilegal de licitação pública- foram levadas ao STJ (Superior Tribuna de Justiça), que está investigando.
Essas denúncias deram origem ao pedido de impeachment.

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