São Paulo, sexta-feira, 5 de abril de 1996
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Militar consegue libertar refém

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O juiz Fábio Cristovam de Faria, um dos seis reféns, só se livrou de seus sequestradores depois de uma morte e de um capotamento.
O acidente aconteceu em Porangatu (448 km ao norte de Goiânia).
Dois dos fugitivos, que levavam Faria num Santana, decidiram mudar de carro e interceptaram um Kadett, onde viajavam um oficial do Exército e uma mulher. O primeiro-tenente, que se identificou apenas como Orlando, conseguiu matar com um tiro um dos fugitivos. O Kadett capotou. O juiz, o militar e sua acompanhante conseguiram escapar.
O militar relatou à Folha, no início da madrugada de ontem, por telefone, como se deu o sequestro.
"Fui abordado pelos dois fugitivos às 23h10, quando deixava a rodoviária de Porangatu. Achei que eles só queriam me ultrapassar. Eles me fecharam, e o que estava armado saiu pedindo o carro e dizendo que era da polícia."
"Estranhei porque conheço toda a polícia da cidade. Quando me identifiquei, eles decidiram me deixar, com minha amiga, algemado. Só que as algemas que eles tinham não funcionavam."
"Eles não perceberam que eu estava armado. O que estava armado mandou calar a boca e me acertou uma coronhada. Disse-lhes que o carro estava com pouco combustível e que eles não iriam longe. Quando o fugitivo armado se inclinou para olhar o mostrador, atirei nele. O fugitivo que dirigia o carro tirou as mãos do volante e o carro capotou", contou o militar.

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