São Paulo, sexta-feira, 5 de abril de 1996
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PR vira sócio da Renault em revendas

ARTHUR PEREIRA FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Além de ter participação de 40% na fábrica de automóveis que a Renault vai construir no Estado, o Paraná também é sócio da montadora na rede de distribuição de veículos.
O investimento da marca francesa no país prevê a aplicação de US$ 100 milhões na rede de concessionárias. E o pool de investidores privados, liderados pelo governo paranaense, entra com 40% também na venda dos carros.
"Essa foi uma exigência do Paraná para fechar o acordo. Não nascemos ontem. Não iríamos ficar de fora de uma das partes mais rentáveis do negócio", diz Cássio Taniguchi, secretário estadual da Indústria, Comércio e Planejamento.
A marca tem hoje 28 revendas no país. Mas espera chegar no ano 2000 com 200 concessionárias para escoar a produção de 120 mil carros por ano.
Primeira fase
O investimento total previsto na primeira fase do projeto é de US$ 700 milhões. A empresa francesa entra com US$ 400 milhões. O Paraná, com US$ 300 milhões.
Além desse total, existem mais US$ 60 milhões de fornecedores que se instalarão ao lado da fábrica, em São José dos Pinhais, município que fica a 14 quilômetros de Curitiba.
"O interesse dos investidores em participar do empreendimento está acima das nossas expectativas", conta o secretário.
Segundo Louis Schweitzer, presidente da Renault, a parceria com o Estado foi fundamental para a decisão da montadora de se instalar no Paraná.
Maior investimento
Na cerimônia de lançamento da pedra fundamental da nova fábrica, no dia 29, o governador Jaime Lerner (PR) se referiu ao " maior investimento estrangeiro que o Brasil recebe em 20 anos".
A Renault chegou a anunciar que investiria e US$ 1 bilhão para produzir carros no Brasil a partir de 99.
Na realidade, o investimento previsto para a primeira fase de implantação da fábrica é de US$ 760 milhões, e não US$ 1 bilhão.
Os US$ 300 milhões restantes estão condicionados "à evolução do mercado" após o ano 2000.
Mas, como desses US$ 760 milhões, US$ 60 milhões virão dos fornecedores, o investimento cai para US$ 700 milhões.

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