São Paulo, sexta-feira, 5 de abril de 1996 |
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Empresa quer vender 25% fora da Europa
ARTHUR PEREIRA FILHO
No ano passado, 85% de todos carros produzidos ficaram no mercado europeu. Apenas 241 mil unidades foram comercializadas em outros continentes. Mas, ao contrário do que se poderia imaginar, o objetivo da Renault não é ganhar espaço nos disputados mercados do Japão e EUA. Na avaliação da Renault, o custo de entrada nesses mercados é desproporcional ao resultado que seria possível alcançar. O Japão continua, na visão da empresa francesa, muito fechado para as marcas estrangeiras. E nos EUA, somente o mercado das picapes e vans oferece índices de crescimento e rentabilidade interessantes. Resultado: a Renault decidiu concentrar seus esforços nos mercados emergentes, com destaque para a América do Sul. A decisão de instalar uma fábrica no Paraná para produzir 120 mil Mégane por ano a partir de 99 faz parte dessa estratégia. Na avaliação da marca francesa, o mercado brasileiro, que já é o sétimo do mundo, deve crescer cerca de 50% nos próximos dez anos e chegar a 2 milhões de veículos vendidos em 2005. A Renault se prepara para abocanhar 8% desse mercado. Em toda a América do Sul, o objetivo é vender 220 mil veículos por ano.O Brasil tem uma forte potencial de crescimento, na visão da Renault. Existem apenas 90 veículos para cada mil habitantes brasileiros. Na França, essa relação é de 500 carros para mil habitantes. E a frota é velha, com idade média de 11,2 anos, contra 6,7 anos na França. Texto Anterior: PR vira sócio da Renault em revendas Próximo Texto: Renault produz veículos em 11 países* Índice |
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