São Paulo, sexta-feira, 5 de abril de 1996 |
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Argentina registra segundo déficit
DANIEL BRAMATTI
Foi o segundo mês consecutivo em que a conta comercial externa do país fechou no vermelho. O déficit comercial acumulado no primeiro bimestre do ano foi de US$ 365 milhões. No ano passado, a Argentina registrou superávit comercial de US$ 844 milhões. O déficit até fevereiro diminuiu cerca de 40% em relação ao registrado no primeiro bimestre do ano passado, de US$ 614 milhões. A queda do consumo interno, causada pela recessão, foi a principal causa da mudança. Isso fez com que diminuíssem as pressões sobre o volume de importação. Em relação a fevereiro de 95, as importações argentinas caíram 9%. As exportações também diminuíram levemente (1%). Os resultados, divulgados pelo Ministério da Economia, são provisórios -alguns dados ainda precisam ser computados, mas não devem provocar alterações significativas no número definitivo. Meta do FMI Números provisórios sobre o déficit fiscal no primeiro trimestre também foram divulgados pelo secretário da Fazenda, Ricardo Gutiérrez, subordinado ao ministro Domingo Cavallo. Segundo o secretário, o déficit deve ser de aproximadamente US$ 1,172 bilhão. "Esse número pode mudar quando forem conhecidos os números definitivos de março." O FMI estabeleceu como meta um déficit máximo de US$ 1,196 bilhão no primeiro trimestre. Ou seja, o teto teria sido praticamente alcançado. Para não ultrapassar o teto de gastos, o governo argentino postergou pagamentos e transferência de verbas para os governos provinciais. Para todo o ano de 96, o déficit máximo estabelecido pelo FMI é de US$ 2,5 bilhões. A situação fiscal da Argentina é delicada por causa da queda na arrecadação de impostos, causada pela recessão. Texto Anterior: Consignação torna-se frequente Próximo Texto: Produção da Alemanha declina 1,6% Índice |
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