São Paulo, sexta-feira, 5 de abril de 1996
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Schumacher encara cobrança dos italianos em Buenos Aires

GP da Argentina de F-1 tem dois treinos livres hoje

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
ENVIADO ESPECIAL A BUENOS AIRES

Michael Schumacher ainda não aprendeu a falar italiano -e um bom amigo o aconselharia a continuar ignorando a língua de Dante.
O bicampeão mundial chegou anteontem a Buenos Aires, onde acontecem hoje os primeiros treinos livres para o GP da Argentina.
Tentou mostrar não se importar com a série de falatórios que o colocam no meio de uma propalada crise na Ferrari.
Nem com a falsa notícia, publicada pelo sensacionalista "Bild", na Alemanha, que previa para breve sua aposentadoria das pistas.
A cobrança italiana parece bater de frente com a frieza do alemão, que se disse satisfeito com os resultados obtidos até agora.
"Teremos problemas se não pudermos disputar o título em 1997. Agora, o máximo que podemos querer são vitórias a partir da metade do ano", repetiu o discurso feito no Brasil, na semana passada.
Os italianos reclamaram depois que o alemão declarou, após a terceira colocação em Interlagos, sua decepção com o carro vermelho.
"Temos muito o que corrigir. Nesta fase, marcar pontos e chegar ao pódio é o nosso objetivo. Qualquer coisa além disso superaria nossas expectativas."
Essa é mesma opinião da equipe, que já iniciou o desenvolvimento da série B do chassi F310.
Torcida não falta para Schumacher. Até o presidente argentino Carlos Menem expressou seu apoio ao bicampeão, que o visitou na Casa Rosada anteontem.
Schumacher presenteou o político com um capacete, e este pediu uma vitória. O piloto, então, implorou ajuda. Menem respondeu: "Tudo bem, baixo um decreto".

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