São Paulo, sexta-feira, 5 de abril de 1996
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Jambêndola faz fusão do regional com a música pop

SYLVIA COLOMBO
DA REDAÇÃO

Forró, baião, muita guitarra e uma percussão cheia de referências a estilos nordestinos. A música é regional, mas a origem está há muitos quilômetros dali, no Estado de São Paulo.
O Jambêndola, um grupo de estudantes paulistanos do departamento de música popular da Unicamp entrou de cabeça na cultura nordestina, fundindo-a com o rock e usando samplers.
A banda está lançando seu primeiro disco pelo selo Original, da gravadora Roadrunner, a mesma do Sepultura.
O disco vai do repertório tradicional, com Luiz Gonzaga ("Vozes da Seca"), a compositores mais modernos da região, como Lenine ("Leão do Norte").
"A idéia foi mesclar a música nordestina com efeitos e condições de gravação mais modernos", disse o guitarrista João Erbetta. O resultado é um som dançante e rico em referenciais.
Para a banda, desde o fim da ditadura, a música regional virou tema para o pop. "Existe uma revalorização da nacionalidade, uma busca de identidade mesmo", disse o tecladista e compositor Rogério Rochlitz.
Por meio das historinhas do nordeste, a banda satiriza o mundo urbano. "E a chaminé me engole/E um carro passa/eu tô imerso na fumaça/Sei que você também tá/A vida é dura meu amor/A vida é bela/Você é uma janela/Que dá vista para o mar".
A música de trabalho "Quarta-Feira" está virando clipe, e a banda faz shows no circuito universitário, em casas noturnas que tocam forró, gafieiras. "Os estudantes em geral se interessam com trabalho, ele une o dançante com o elaborado", diz Erbetta.

Disco: Jambêndola
Com: Jambêndola
Lançamento: Original (Roadrunner)
Preço: R$ 20 (o CD, em média)

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