São Paulo, sábado, 6 de abril de 1996
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TV Pinel ajuda no tratamento de doentes psiquiátricos no RJ

Programa, com uma hora, pode ter trechos veiculados pela TVE

RONI LIMA
DA SUCURSAL DO RIO

No ar, a TV Pinel. Funcionários e usuários do Instituto Philippe Pinel se uniram em torno de um projeto de produção de vídeos para ajudar no tratamento e na ressocialização dos que a sociedade dita "normal" classifica de "loucos".
Com idéias propostas pelos próprios usuários, o programa já conta com alguns quadros fixos. Tem desde "O Povo Fala", com depoimentos gravados nas ruas sobre a TV Pinel, até o "Clipinel", em que funcionários e usuários fazem um número musical.
Outro quadro fixo é o telejornal, com notícias sobre a luta antimanicomial (tratar usuários evitando a internação) e dicas culturais.
Com vinhetas, música e depoimentos, o primeiro programa ganhou um estilo ágil e engraçado.
Na quinta-feira, o primeiro programa da série será lançado oficialmente na sede do instituto, em Botafogo (zona sul). Inicialmente, os programas serão exibidos em vídeos no instituto.
Mais tarde, terão trechos exibidos em programas da TVE (TV Educativa) dedicados à saúde.
Coordenadora do Núcleo de Vídeo e da TV Pinel, a psicóloga Doralice Araújo, 38, disse ter se surpreendido com "a impressionante chuva de idéias" dos usuários. O programa era para ter meia hora, mas ficou com uma.
O Instituto Pinel fornece, mensalmente, 3.000 consultas e atende por volta de 2.000 pessoas na emergência. Possui também 60 leitos para internação.
O diretor do instituto, Ricardo Peret, 43, diz esperar que a TV Pinel seja "um instrumento vigoroso" de divulgação da luta por uma sociedade sem manicômios.

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