São Paulo, sábado, 6 de abril de 1996
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Polícias se desentendem

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A operação montada no Distrito Federal (DF) para capturar os foragidos de Aparecida de Goiânia foi marcada por desencontros entre as polícias Civil e Militar do DF e entre essas e a polícia goiana.
Ontem de manhã, o comandante-geral da PM-DF, coronel Túlio Cabral, queixou-se da dificuldade de obter da polícia goiana a lista com os nomes dos foragidos. "Nossa dificuldade é enorme. A gente prende (suspeitos) e não tem como confirmar se são de lá."
Anteontem à tarde, Túlio Cabral chegou a anunciar a prisão de dois fugitivos que estariam num ônibus de Goiânia para Brasília: Cândido da Silva e Edson da Cunha. Os nomes não foram confirmados pela Polícia Civil do DF e não constam da lista de foragidos da Polícia Civil de Goiás. No DF, foram presos oito dos 18 capturados.
O fax com os nomes dos 48 presos que fugiram chegou ao Centro de Operações da PM de Brasília no início da tarde de ontem. No mesmo horário, o Centro de Operações da Polícia Civil só dispunha dos nomes dos seis fugitivos presos na noite de quarta-feira.
A operação da PM-DF na barreira montada na noite de quarta-feira na BR-060 (que liga Goiânia a Brasília) envolveu um tiroteio com um grupo de fugitivos, no qual morreu Carolina de Andrade, 24.
As primeiras conclusões do inquérito da Polícia Civil para apurar a troca de tiros devem ser divulgadas na próxima terça. A assessoria do governador do DF, Cristovam Buarque, disse ontem que o governador autorizou uma operação rigorosa para impedir a entrada dos fugitivos na cidade.

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