São Paulo, domingo, 7 de abril de 1996
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Secretário defende as compras

DA SUCURSAL DO RIO

Embora o armamento não tenha sido comprado em sua gestão, o secretário de Segurança, general Nilton Cerqueira, defendeu a aquisição dos fuzis MD-2 da Imbel. Os fuzis foram comprados por seu antecessor, Euclimar da Silva.
"Eles podem não ser os mais modernos, mas se se comprassem os importados haveria demora na entrega", disse.
Quanto ao custo, Cerqueira afirmou que é o problema menos importante. "Até bem pouco tempo, o pagamento vinha sendo protelado pelo Estado porque era para a Imbel. A dívida estava sendo rolada. Se fosse estrangeiro tínhamos que pagar no ato", afirmou.
Cerqueira acredita que a questão do peso das armas, que tornaria os fuzis difíceis de serem manejados em operações nos morros, só pode ter sido levantada por policiais burocratas. "Acho ridículo alguém com patente policial alegar que este fuzil é pesado", disse.
O secretário revelou que era contrário à compra dos fuzis porque acreditava que armas pesadas não foram feitas para a polícia. Mas agora mudou de opinião. "Eu tinha até dito isso, mas acho que os fuzis têm permitido à polícia se impor e têm salvo muitas vidas".
Cerqueira rebateu as críticas ao sistema de rastreamento via satélite dizendo que é preciso esperar ele funcionar. Ele afirmou que foi difícil tomar a decisão de comprar o equipamento, porque "foi um gasto de R$ 5,8 milhões", mas disse que seria "triste ver a polícia sem tecnologia".

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