São Paulo, domingo, 7 de abril de 1996
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Seleção leva filhos para a concentração

CRISTINA RIGITANO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O técnico da seleção brasileira de vôlei feminino, Bernardino, não quer ver em quadra nenhuma jogadora-mãe preocupada com o filho em casa.
Para manter a atenção das atletas voltada para a bola, o treinador liberou a presença de crianças nos treinos e na concentração na Fortaleza de São João (RJ).
Victor, 5, filho da atacante Virna, e Agatha, 9, filha da meio-de-rede Ida, são os mascotes do time. "Fico mais segura com ele perto", disse Virna.
O técnico Bernardinho tomou a decisão pensando no bem-estar das mães. "O grupo fica descontraído e entra no esquema de mãe. Ficam mais tranquilas", disse.
Enquanto Ida treina, Agatha ensaia os primeiros passes. Já Victor não desgruda de Virna. "Ele é torcedor fanático", conta a mãe orgulhosa.
Possíveis boladas não assustam o menino. "Ele foi criado na quadra. Sabe a hora que pode entrar", disse Virna. O problema é quando o menino quer mais atenção.
Ontem, enquanto Virna fazia musculação, Victor abriu o berreiro. Virna entrou em ação: "Pára, senão o Zé (José Inácio, preparador físico) vai brigar comigo". Obediente, ele ficou quietinho.
Bernardinho avisou que se as crianças "pisarem na bola" serão cortadas. "Se a mãe se desconcentrar, tiro o filho da quadra. Mas é pior com a criança longe", disse o técnico.

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