São Paulo, segunda-feira, 8 de abril de 1996
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Técnicos têm 9 hipóteses para mortes de Caruaru

FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

Os especialistas que investigam a morte de 37 doentes renais submetidos à hemodiálise em Caruaru (130 km de Recife, PE) concentram seus trabalhos em nove hipóteses para explicar a intoxicação.
Apenas uma possibilidade já foi descartada: intoxicação por excesso de cloro, suspeita levantada nos primeiros dias de investigação.
O excesso de cloro explicaria as mortes ocorridas durante a diálise e logo após o tratamento, mas não as mais recentes.
Entre as hipóteses mais prováveis, estão a intoxicação por substância produzida por microorganismos supostamente presentes na água. Essa possibilidade foi reforçada pela pesquisadora Sandra Azevedo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Em amostras do filtro de água usado no IDR, ela encontrou uma toxina -a microcistina-LR- capaz de gerar os mesmos efeitos que causaram a morte dos pacientes.
Outra hipótese também considerada "viável" é a contaminação da água por metais pesados, como o alumínio, o cobre ou o mercúrio. Os estudos indicam ainda a possibilidade de contaminação por bactérias, vírus, leptospirose, agrotóxicos, resíduos de ácidos usados na limpeza dos equipamentos e pela solução dialítica (usada para a hemodiálise).

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