São Paulo, segunda-feira, 8 de abril de 1996
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Público masculino só compra o necessário

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

Ao contrário das mulheres, verifica pesquisa da Gouvêa de Souza, os homens não deliram na frente de uma vitrine -ou seja, não compram por impulso.
Daí vem a necessidade, diz Bruno Minelli, de os vendedores estarem orientados para que a decisão de compra se dê dentro da loja.
"Nossos funcionários já estão sendo treinados para atender o novo consumidor masculino", diz Bruno Minelli.
Segundo ele, o homem não vai mais à loja para passear e, se gostar de algum produto, comprar.
"Ele sai para adquirir uma peça que realmente precisa e quer gastar o mínimo de tempo possível para isso, ser bem atendido e levar um artigo de qualidade", diz.
As peças básicas, continua ele, são agora muito mais procuradas. Os artigos de moda, que já tiveram grande presença no mix de produtos das lojas, têm perdido espaço.
Influência feminina
A mulher, ainda segundo a pesquisa, tem papel importante na decisão de compra do homem.
"Observamos que se ele compra um produto e ela não gosta ele não usa", afirma Adriana Leocadio.
Para o público masculino, diz ela, a mulher tem gosto, conhece marcas e sabe se um produto é bom, caro ou barato.
As liquidações não atraem o homem. Ao contrário. Dão idéia de que os produtos estão encalhados.
"Liquidação para eles é sinônimo de tumulto e falta de numeração", diz Adriana. Já as promoções agradam o público masculino. "Não comprometem a imagem da loja", afirma a consultora.
Segundo Adriana, pela pesquisa, os homens gostam de parcelar a compra (cheques pré-datados), mas não têm paciência para a burocracia do crediário.
(FF)

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