São Paulo, quarta-feira, 10 de abril de 1996
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Ano de guerra

NELSON DE SÁ
DA REPORTAGEM LOCAL

Covas surgiu na Globo, na Bandeirantes, na Record com o orgulho de sempre, dizendo que não, não entrou na guerra fiscal, e não, não deu isenção nem para a ambicionada Honda.
- E a guerra fiscal, ela continua, secretário?
- Ela infelizmente continua. São Paulo resistiu durante um ano e dois meses a entrar na guerra fiscal, mas percebeu que poderia perder grandes investimentos.
Com ou sem guerra, de uma hora para outra Covas passou a mostrar serviço. Ontem, a Honda. Em alguns meses, foi o que indicou a Bandeirantes, a Mercedes-Benz.
E até o Metrô. Na Globo, o presidente da estatal estadual anunciou que em maio devem ser retomadas as obras da linha Norte-Sul, com apoio da iniciativa privada.
Covas quer mostrar serviço, por coincidência, num ano de eleição. Aliás, por coincidência, Emerson Kapaz é candidato a candidato.
Antes
Carlos Menem, na entrevista em que voltou a defender a reeleição de Fernando Henrique, deixou escapar uma piada desconcertante.
Disse que o colega iria dizer que não, que está preocupado apenas em governar -mas que ele, Carlos Menem, dizia o mesmo, "antes" de fazer passar a reeleição. O SBT registrou.
Na CNN hispânica e demais emissoras de informação, como NBC e Telenotícias, a cobertura não registra temas de interesse interno, para o Brasil, mas chega a ser até mais extensa.
Ontem, sobre a imagem dos dois, a CNN lembrava que há pendências não-resolvidas. Mencionou, por exemplo, que a Argentina não quer o Brasil com uma cadeira permanente no Conselho de Segurança.
E basta ver e ouvir Carlos Menem para saber que ele não se deixa levar na conversa.

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