São Paulo, quarta-feira, 10 de abril de 1996 |
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INSS vai à Justiça contra 311 empresas
FERNANDO MOLICA
Segundo o secretário-executivo do Ministério da Previdência, José Cechin, os débitos das empresas chegam a cerca de R$ 331 milhões. Segundo ele, todas as empresas terão seus nomes incluídos no Cadin (Cadastro Informativo de Débitos do governo federal), o que as impedirá de, por exemplo, realizar operações financeiras com qualquer banco federal oficial. O procurador-geral do INSS, José Weber Holanda Alves, afirmou que, "pela lei", o Unibanco, enquanto não quitar a dívida, não poderá ser beneficiado pelo Proer. Este programa -criado pelo governo federal para facilitar fusões e aquisições bancárias- repassou ao Unibanco recursos utilizados no saneamento do Nacional. As empresas devedoras podem solicitar o parcelamento de suas dívidas até o dia 18 de maio. Ontem, o INSS entregou ao procurador-chefe da Procuradoria da República no Rio, Nívio de Freitas Silva Filho, 30 notícias-crime referentes a casos de apropriação indébita de dinheiro que deveria ser destinado à Previdência. Segundo o INSS, estas empresas não repassaram à Previdência os recursos obtidos com descontos em salários de seus funcionários. Cechin estimou em R$ 2,5 milhões o total desviado pelas empresas. Silva disse que os casos serão analisados por procuradores que, em até 15 dias, poderão apresentar denúncias contra as empresas. As ações de ontem fazem parte de um programa de cobrança desenvolvido em diversos Estados. Elas têm, segundo Cechin, o objetivo de estimular os devedores a quitar suas dívidas. O montante que está sendo cobrado na Justiça chegaria a cerca de R$ 10 bilhões. Texto Anterior: Nacional tinha banco fantasma Próximo Texto: BC sabia do Econômico, diz auditor Índice |
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