São Paulo, quarta-feira, 10 de abril de 1996 |
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Bancada do Nordeste ameaça o acordo
NELSON DE SÁ
O senador Ney Suassuna (PMDB-PB), porta-voz ao lado de José Agripino (PFL-RN) e Waldeck Ornelas (PFL-BA), diz que a frente tem "um peso político grande" e vai "fazer valer o peso". Entre outros que formam a bancada estão Freitas Neto (PFL-PI), Epitácio Cafeteira (PPB-MA), Roberto Freire (PPS-PE), Fernando Bezerra (PMDB-RN), Teotonio Vilela Filho (PSDB-AL), Ronaldo Cunha Lima (PMDB-PB) e Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA). "O Nordeste não aguenta mais", diz Suassuna. "É um terço da população e não aguenta estar se distanciando cada vez mais. Um reflexo vai ser a votação do Banespa." A bancada decide sobre o tema, em reunião hoje à noite. Freire, perguntado se o primeiro confronto da bancada vai ser o Banespa, afirmou: "Não tenha dúvida". Mas a frente está dividida. Cafeteira diz que deve votar a favor do acordo. Ele propôs a frente em janeiro. Seu argumento, então: "O Nordeste está cada vez mais separado do resto, a partir das facilidades do Mercosul". É geral o temor do acordo com Argentina, Paraguai e Uruguai. Primeiro, pela concorrência de produtos de menor preço com os nordestinos. Segundo, pela perda do mercado do centro-sul. O senador Gilberto Miranda (PMDB-AM) questiona a capacidade de pressão da frente. "Esse movimento ainda não criou corpo para barrar um projeto desses." Texto Anterior: Covas está prestes a desistir do Banespa Próximo Texto: Há risco de fragmentação Índice |
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