São Paulo, quarta-feira, 10 de abril de 1996
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Colégios viveram 'situação crítica' em SP

DA REPORTAGEM LOCAL

A situação da merenda nas 1.400 escolas estaduais abastecidas pela Secretaria de Estado da Educação de São Paulo só começou a se normalizar na semana passada.
Desde o início das aulas, essas escolas -distribuídas em 23 dos 624 municípios do Estado- só recebiam alguns alimentos -como arroz, café, leite e pó de chocolate.
Nas outras 5.400 escolas estaduais, a distribuição de merendas já foi descentralizada para os municípios -como é a intensão do governo do Estado para as 1.400 escolas ainda centralizadas.
O desabastecimento das escolas estaduais mantidas pela secretaria ocorreu após a reportagem da rádio Bandeirantes mostrar, em janeiro, que a secretaria estadual estava comprando produtos por preços mais altos que a municipal.
Todos os processos de licitação onde havia suspeita de cartelização de fornecedores foram suspensos -e os preços, renegociados. Escolas mais organizadas, como a MMDC ou a Marina Cerqueira Cesar (ambas na capital), tinham estoques não perecíveis e contornaram o problema. Mas cerca de 250 das 1.400 escolas viveram uma "situação crítica" em março, segundo o secretário-adjunto da Educação, Hubert Alquéres, 36.
Ontem, a reportagem da Folha presenciou a chegada de um caminhão de alimentos na Escola Estadual Dr. Kyrillos (zona oeste). "O processo de abastecimento está indo muito rápido", disse Arquéres.
A Secretaria de Estado da Educação diz que prestou contas em março para a FAE e que, portanto, não sofrerá corte do repasse.

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