São Paulo, quarta-feira, 10 de abril de 1996 |
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Serviço de aborto pode ser afetado
AURELIANO BIANCARELLI
O atendimento é destinado às grávidas vítimas de estupro ou que correm risco de vida. Pelo Código Penal, de 1940, esses são os únicos casos de aborto permitido. A equipe do Jabaquara foi criada em 89 e tornou-se serviço de referência no Brasil e no exterior. Dez profissionais, entre médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais, fazem parte do grupo. Segundo três dos profissionais ouvidos, a maioria da equipe não deve aderir ao PAS. Pelas regras da prefeitura, quem não aderir será transferido para outro serviço. "Haverá um desmantelamento da equipe e um retrocesso no atendimento", disse um dos entrevistados, que pediu para não ser identificado. A Secretaria da Saúde informou que o serviço será mantido. A grupo de aborto legal do Jabaquara atendeu nesse período cerca de 200 mulheres, a grande maioria vítimas de violência sexual. Vários serviços inspirados na equipe foram criados no Brasil e no exterior. "O grupo desenvolve um trabalho modelar e sua substituição vai significar uma perda", disse Margareth Arrilha, da Comissão de Cidadania e Reprodução. Hoje, às 16h, servidores municipais da saúde da zona sul fazem manifestação contra o PAS no terminal Jabaquara do Metrô. Texto Anterior: Prefeitura recua e PAS vai atender também aidéticos Próximo Texto: Lojas vendem seus estoques de ovos de Páscoa com descontos Índice |
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