São Paulo, quarta-feira, 10 de abril de 1996 |
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Curvas de Bo Derek são perigo para o rei da selva
INÁCIO ARAÚJO
E Tarzã (Miles O'Keefe) existe como um acessório indispensável à presença de Jane (Bo Derek) na selva. Ele está lá para exorcizar os perigos que a rondam. Se Tarzã ainda estivesse na moda, Jane/Bo seria a única ameaça a seu reinado. A ambição do filme é uma, nada mais: colocar em relevo as nada desprezíveis formas de Bo. Mas um problema parece ameaçar o todo (empetecado): Bo é um conjunto de curvas alucinantes a que nenhuma alma parece dar vida. Ela passeia de lá para cá sem que qualquer entusiasmo pareça abalá-la. Tem a seu lado a beleza e a consciência da beleza. Isso parece bastar-lhe. Não tem a loucura de Rita Hayworth, a angústia de Marilyn Monroe, o desejo de afirmação de Sharon Stone. É uma mulher às antigas. Talvez a idéia de trazer Tarzã à selva seja uma maneira de encontrar um companheiro à altura para Bo: atlético e fora de época. (IA) Texto Anterior: CLIPE Próximo Texto: Sereia nada no tempo Índice |
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