São Paulo, quinta-feira, 11 de abril de 1996 |
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Tentando decifrar a cabeça do velho Lobo
MATINAS SUZUKI JR.
Seu reserva -que ele já definiu que será apenas um- no coração do velho Lobo é o Rogério, do São Paulo, convocado para a África do Sul. Entre Rogério e Danrlei, Zagallo fica com o primeiro, que tem contra ele, comparativamente com o goleiro do Grêmio, menos ritmo de jogo -mas Danrlei teve várias chances não aproveitadas na própria seleção. Na ala direita, não há dúvida: Zé Maria, da Lusinha, que Zagallo convocou pela primeira vez a conselho de seus "olheiros". Dúvida é se ele levará um reserva para a posição: não existe muito candidato por aí, e ele pode levar um jogador a mais para ocupar o meio-campo (em emergência, adapta-se um meio-campista). Na lateral esquerda, também há mais certezas do que incertezas: Roberto Carlos, da Inter, e André, do São Paulo (que Zagallo considera mais completo do que o Zé Roberto, da Portuguesa). A dupla de zagueiros ainda é a terra de ninguém de Zagallo. Até agora, um nome garantido: Aldair, e aí se queima a primeira vaga acima dos 23. O resto? Fiquei com a impressão de que o velho Lobo só optará por dois veteranos na zaga em caso de desespero. Até agora, o segundo posto estaria sendo leiloado entre Carlinhos (Guarani), Alexandre Lopes (Corinthians) e o Ronaldo, do Atlético Mineiro (Narciso, dos Santos, estaria sendo mesmo descartado). No meio-campo, dois têm vaga assegurada: os palmeirenses Amaral e Rivaldo (e lá se vai a segunda vaga dos veteranos). Juninho, que joga no limite da idade, também tem a vaga número 1 preservada. Como Flávio Conceição está no plano de vôo da equipe titular, as duas vagas restantes ficariam, preferencialmente, com Zé Elias (Corinthians) e Beto (Botafogo). Resta verificar o desempenho do Souza, do Corinthians, e a recuperação do Amoroso -seria um presente para Zagallo. No ataque, sou capaz de jurar que o Zagallo da cabeça branca já tem a sua dupla: Bebeto e Sávio. Os dois reúnem as características desejadas por ele para um atacante moderno: muita disposição para se movimentar e para voltar, auxiliando na marcação. Com o Ronaldinho (pendente ainda de uma recuperação física) e o Luizão disputando a terceira vaga. Tudo isso a depender do Romário. E o Romário... * Não é por nada não, mas quem levantou a lebre da volta do Romário foi esta coluna, uma semana antes do seu futebol recomeçar a decolar. Uma lebre capaz de tirar o sono do Lobo da seleção. * Esta coluna, amiga da vida e amiga da arte, não poderia deixar passar sem registro a mais bela obra-prima da rodada do último fim-de-semana, o gol "bike" do França. Wow! Se estivesse jogando vôlei, França teria sido o levantador e o cortador ao mesmo tempo. Texto Anterior: Santos e Juventus prometem jogo ofensivo em Santo André Próximo Texto: Subiu, sumiu Índice |
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