São Paulo, sexta-feira, 12 de abril de 1996
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Sistema da PM do Rio é inadequado, diz empresa

DA SUCURSAL DO RIO

Edson Galindo, proprietário da empresa Prosat, que trabalha com sistema de rastreamento de veículos via satélite, afirma que o sistema usado pela Polícia Militar é inadequado para o funcionamento em cidades fortemente edificadas, como o Rio.
A Secretaria da Segurança do Rio comprou por R$ 5,8 milhões o sistema da empresa Autotrac, do tricampeão mundial de Fórmula-1 Nélson Piquet, uma das cinco empresas brasileiras que trabalham com esse tipo de equipamento, para equipar os carros da PM.
Um relatório do Clube de Oficiais da PM denunciou a inadequação do sistema para utilização da cidade do Rio.
"Tecnicamente, qualquer sistema de rastreamento via satélite não funciona bem em grandes cidades. Nelas existem muitas zonas de sombra. Prédios altos, viadutos e túneis impedem a comunicação com o satélite", disse Galindo.
Segundo a secretaria, o sistema só apresenta três zonas de sombra no Rio, as três em Copacabana: avenidas Atlântica, Nossa Senhora de Copacabana e Barata Ribeiro, as três principais avenidas do bairro da zona sul do Rio.
A secretaria comprou o equipamento sem fazer licitação porque, de acordo com ela, a Autotrac é a única empresa do ramo que permite seu funcionamento em tempo real.

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