São Paulo, sexta-feira, 12 de abril de 1996
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Piranhas atacam boiada no rio

VANESSA DE SÁ; CESAR ITIBERÊ
DA REPORTAGEM LOCAL

Piranhas são um problema para as criações de gado do Pantanal. Quando os rios enchem, os pantaneiros têm de levar bois e vacas para outro lugar. As piranhas atacam o gado quando ele passa dentro de um rio. Mas os pantaneiros têm um truque para as piranhas não matarem o gado.
O truque ficou tão famoso que ganhou a expressão "boi de piranha". Os pantaneiros colocam no rio um boi velho ou doente, e ele distrai as piranhas enquanto a boiada passa em outros trechos do rio.
Os jacarés também ajudam a controlar o número de piranhas. Eles são os maiores comedores de piranhas da região. Comendo esses peixes, os jacarés impedem as piranhas de infestar os rios.
Os cientistas dizem que jacarés mantêm a população de piranhas "equilibrada". Jacarés e piranhas fazem parte de uma "corrente" que mantêm animais ligados a plantas, e animais ligados a animais. Essa "corrente" é chamada de "teia alimentar".
Há teias alimentares na terra e na água. Tudo começa com as plantas.
Elas fixam energia do Sol e transformam essa energia em substâncias que passam a fazer parte delas. Para construí-las, elas também usam nutrientes e água.
Alguns animais herbívoros comem plantas. Assim, conseguem a energia contida nelas. Essa energia faz com que animais e plantas vivam.
Há animais que comem herbívoros, por exemplo, as onças. Elas também precisam de energia. Conseguem energia comendo bois que, por sua vez, comeram as plantas.
Quando os herbívoros se alimentam obtendo essa energia, eles obtêm também produtos feitos a partir dela, como proteína e açúcar. Os animais gastam parte da energia que comeram correndo, respirando etc.

VANESSA DE SÁ e CESAR ITIBERÊ viajaram ao Pantanal a convite do Refúgio Ecológico Caiman.

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