São Paulo, sábado, 13 de abril de 1996 |
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Em campanha NO AR NELSON DE SÁ
Quando começou o governo Fernando Henrique, fizeram-se votos de tornar "pública" uma rede até então "estatal" -seguindo a distinção, bastante retórica, usada pela paulista Cultura. A Rede Brasil até que mudou, um pouco. Mas quem acompanha os seus noticiários começou a ver a volta, de meses para cá. Ontem, por exemplo, na cobertura da campanha de FHC pela reeleição: - Ganha força no Congresso a idéia de aprovar a reeleição ainda este ano. - O presidente do Congresso garante que não vai atrasar a tramitação. A Rede Brasil não cobre a campanha pela reeleição: faz a campanha. E não há quem entreviste mais, quem procure mais os tucanos. Sérgio Motta lembrava ontem, na Rede Brasil, o que foi Paulo Maluf, no pior momento da Cultura. Em toda parte, a qualquer hora. Semana do presidente Nem "estatal" nem "público", tem dias que o SBT mais parece "oficial", papel até hoje cumprido com desprendimento pela Globo. Assim, de manchete: - Fernando Henrique acha que as reformas não saem por haver boicote à vontade do país. Ele acha... Não tem ação de FHC, formal, discursiva que seja, que não venha seguida de atenção grave, quando não de elogios. Melô A Globo já dramatizou, mostrando foto a foto no Jornal Nacional. O SBT falava ontem em "chacina". Não adianta, que as vítimas de Caruaru, agora em 40, não param de morrer. O melodrama se envergonha, diante da tragédia. E-mail:nelsonsa@folha.com.br Texto Anterior: Tucanos não definem o novo presidente Próximo Texto: Sarney diz que não há tempo para mudança Índice |
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