São Paulo, sábado, 13 de abril de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Prefeituras desconhecem corte

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Prefeitos que estão com os recursos da merenda bloqueados ainda nem perceberam o corte. Eles estão usando verba liberada até dezembro e negam haver as irregularidades que provocaram a interrupção na liberação do dinheiro.
A Folha ouviu 46 prefeitos que participaram de um encontro em Brasília nesta semana. Entre os irregulares, quase todos disseram que a situação está normal.
Muitos esperam que a primeira parcela de 1996 -prevista para ser liberada em março- ainda chegue às contas das prefeituras.
Segundo a FAE (Fundação de Assistência ao Estudante), a maior parte dessas prefeituras não explicou como gastou o dinheiro da merenda em 1995. O órgão exige a prestação de contas até o dia 28 de fevereiro do ano seguinte.
A cidade de Pacajus (CE) aparece na lista da FAE por falta de prestação de contas. O último repasse -de R$ 86 mil- foi em novembro de 95, segundo o prefeito, Orlando Lourenço de Souza.
Mesmo assim, ele não crê em corte. "O recurso da merenda está chegando normalmente", disse.
Em Santa Leopoldina (ES), três irregularidades da prefeitura (apontadas pelo governo federal) ameaçam o fornecimento da merenda para 1.350 alunos.
Sem que o prefeito Alfredo Leppaus saiba (ou reconheça), a cidade figura na relação da FAE por falta de prestação de contas e inadimplência com o INSS e FGTS.

Texto Anterior: FAE vai propor que as escolas controlem recurso da merenda
Próximo Texto: Campanha de distribuição de leite cria problema em escolas
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.