São Paulo, sábado, 13 de abril de 1996
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Acordo vai coibir contrabando de armas

WILLIAM FRANÇA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Brasil e Estados Unidos estão negociando os termos de um acordo para o combate ao tráfico de armas. Nos próximos dias, uma missão norte-americana chega ao país para detalhar os termos da cooperação. O acordo pode ser assinado ainda este semestre.
Segundo a assessoria de imprensa do Ministério de Relações Exteriores -que coordena, pelo Brasil, as negociações-, há um grande interesse dos dois países em coibir o contrabando de armas, mas é necessário estabelecer uma coordenação clara entre os vários setores envolvidos no assunto.
A idéia é que o acordo final integre a Receita Federal e as Forças Armadas nessa operação contra o contrabando de armas a PF (Polícia Federal).
Hoje, a PF e a Receita estão envolvidas diretamente no controle de fronteiras e de alfândega. Agora, o governo quer que as Forças Armadas participem também dessas ações. A Aeronáutica, por exemplo, vai aumentar sua função nos aeroportos.
Pelos Estados Unidos, serão envolvidos no acordo anticontrabando a ATF (Alcohol, Tobacco and Fire-Arms, o departamento que cuida do controle de armas), o Departamento de Estado, o de Migração e o Tesouro Americano.
Há uma previsão de que o acordo possa ser assinado em maio, quando o presidente Fernando Henrique Cardoso visitará os Estados Unidos e manterá encontros bilaterais com o presidente Bill Clinton.
Operação-Rio
A proposta desse acordo foi feita pelo governo brasileiro depois de analisar relatórios produzidos pelo Exército e PF, com base nas Operações Rio 1 e 2, de combate ao tráfico de armas e drogas no Rio.
Os relatórios indicam que, das centenas de armas apreendidas, a maioria foi adquirida ilegalmente nos Estados Unidos -especialmente via Miami. Foi com base nesses números que FHC convenceu Clinton a abrir uma discussão para um acordo no setor.
Brasil e Estados

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