São Paulo, sábado, 13 de abril de 1996
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Ribeiro aplica arte marcial

MAURO TAGLIAFERRI
DA REPORTAGEM LOCAL

Ao entrar na pista para o GP de Long Beach, amanhã, André Ribeiro vai se valer de conceitos de kung-fu e ginástica olímpica.
Não que o brasileiro pretenda agredir algum adversário, nem dar um salto mortal no circuito.
As duas modalidades fazem parte da preparação física do piloto e seus ensinamentos são aplicados por ele no aumento da capacidade de concentração durante uma corrida.
"Trabalhamos a coordenação do físico pela mente", contou Ribeiro.
"O kung-fu dá um autoconhecimento muito grande do próprio corpo", explicou o preparador físico do piloto, Celson Cunha.
"E a ginástica olímpica requer equilíbrio."
Segundo Cunha, Ribeiro faz movimentos para iniciantes, como cambalhotas para frente e para trás.
"Nesse exercício, a pessoa fica tonta. Então, faço com que ele ande numa trave de dez centímetros de largura logo em seguida. Se ele estiver concentrado, vai superar a tontura e andar sem cair", relatou.
No kung-fu, o piloto aprende a dar socos, chutes e a saltar. "Isso melhora a coordenação e autoconhecimento", disse Cunha.
O preparador também usa a arte marcial para incentivar Ribeiro a superar seus limites.
"André é extremamente aplicado, mas também é muito preguiçoso. Este é um limite dele, precisa de alguém que o incentive. O kung-fu ajuda a passar pelos limites", afirmou.
Além disso, a preparação do piloto inclui movimentos similares aos que ele faz numa prova, com trabalho especial para a musculatura dos ombros, braços, costas e panturrilha.
(MT)

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