São Paulo, domingo, 14 de abril de 1996
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Jovens criticam rigor excessivo

DA REPORTAGEM LOCAL

Reclamações contra adolescentes são comuns em qualquer condomínio. Por outro lado, os adolescentes também não poupam críticas contra os rígidos regulamentos internos.
Para Jean Marcel Palumbu, 12, quase tudo o que ele e sua turma gostam de fazer no edifício Lancaster, no Brooklin (zona sul de São Paulo), é proibido.
"Não podemos subir nas árvores, pisar na grama, pular no elevador." Diego Gomes Pinto, 13, também reclama: "Não podemos ficar na portaria, e depois das oito horas da noite as luzes são apagadas."
Reivindicações
Segundo Jean, os adolescentes do prédio costumam dar sugestões e já pediram a construção de uma quadra, mas ainda não foram atendidos. O playground acabou dando lugar a um estacionamento.
Tiago Donadel Schmidt, 12, e Leandro Oliveira Silvado Nascimento, 12, moram no Parque Brasil, onde há quadras, piscinas, churrasqueiras, playground e até uma rua exclusiva para lazer à disposição dos adolescentes.
Mesmo assim, eles têm queixas. "Não podemos andar de carrinho de rolimã na quadra. Na rua de lazer seria perigoso porque é uma descida", reclama Leandro.
Ivan Aires Pino, 11, também morador do Parque Brasil, reclama das normas rígidas de utilização do conjunto de piscinas. "A gente não pode correr perto da piscina e nem pular na água porque falam que é perigoso", afirma.
Todos os adolescentes ouvidos reclamaram ainda contra a proibição de brincar na grama.

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