São Paulo, segunda-feira, 15 de abril de 1996 |
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Brasileiro gasta mais com alimentação
EDUARDO BELO
Os dados são do levantamento Brasil em Foco 96, produzido pela Target Pesquisas e Serviços de Marketing, a partir de pesquisas do IBGE. Comparado ao primeiro estudo do gênero, realizado há 13 anos, o trabalho atual aponta o crescimento dos gastos com alimentação como principal consequência do achatamento de renda provocado pela era dos planos econômicos, inaugurada com o Cruzado. "Caiu o padrão de vida", afirma Pedro Vieira gerente do Brasil em Foco. "Quanto mais se gasta em alimentação, mais pobre você é." Como os preços médios reais (descontada a inflação) dos alimentos não subiram nesses 13 anos, segundo a Fipe, o estudo conclui que a população está consumindo produtos mais caros -em vez de comer mais, como pode parecer à primeira vista. Supérfluos "É por aí", decreta Nelson Barrizzelli, professor de economia da Universidade de São Paulo. Segundo ele, o consumo de alimentos considerados não-essenciais vem se firmando na última década. Pertencem à categoria os produtos industrializados, com destaque para achocolatados, iogurtes, queijos, conservas e cereais. A redução da inflação, que aumentou o poder de consumo das classes mais baixas, e a abertura da economia explicam essa mudança. Texto Anterior: Argentino recomenda investir no Rio Próximo Texto: Classe B aumenta consumo Índice |
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