São Paulo, segunda-feira, 15 de abril de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Cigarro falso tem 5% da venda
FERNANDO PAULINO NETO
O vilão da empresa é sua própria marca de exportação mais famosa, o Hollywood. A companhia está lutando contra a falsificação de seu produto, vinda da China, afirma o diretor de marketing da empresa, José de Queiroz Campos. Segundo Campos, o volume de cigarros da marca falsificada que entra no país fica em torno de 5% do total oficialmente vendido pelo comércio. O mercado brasileiro é avaliado pela empresa em 8 bilhões de cigarros consumidos por mês. Feitas as contas, chega-se a uma projeção de 400 milhões de cigarros falsificados que roubam, mensalmente, o faturamento dos fabricantes instalados no Brasil. Qualidade Um dos problemas mais graves com o cigarro falsificado, segundo o fabricante, é que ele não passa pelo controle de qualidade da Souza Cruz e acaba sendo consumido como se fosse fabricado pela empresa. Campos diz que os importadores de cigarros falsificados compram o produto tão barato na China que conseguem um preço altamente competitivo. "Eles colocam Hollywood no mercado brasileiro a preço de Derby", reclama. Derby é o cigarro popular da Souza Cruz e líder do mercado brasileiro. Ele custa R$ 0,90 no varejo. O preço oficial do Hollywood é de R$ 1,35. O diretor comercial da Souza Cruz, Milton Cabral, afirma que as falsificações e o contrabando em conjunto representam 18% do mercado brasileiro. "É o maior concorrente da Souza Cruz", diz Cabral. Domínio A Souza Cruz domina 82,6% do mercado oficial. O principal concorrente, a Philip Morris, tem cerca de 15%. A fabricante do Hollywood faturou R$ 5,63 bilhões no ano passado, conseguindo um lucro de R$ 192 milhões. (FPN) Texto Anterior: Pirataria sofisticada ameaça marcas Próximo Texto: Ray-Ban é vendido em shopping Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |