São Paulo, segunda-feira, 15 de abril de 1996
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Falência da Fokker foi 'morte anunciada'

ERNESTO KLOTZEL
FREE-LANCE PARA A FOLHA

A falência da Fokker foi antecedida por uma sucessão de prejuízos a partir de 1992, os quais se agravaram após a cessão de seu controle acionário à alemã Dasa (Daimler-Benz Aerospace).
Em outubro de 1995, a Dasa havia anunciado um corte de 8.000 funcionários e o fechamento de três fábricas, tendo contabilizado um prejuízo acima de US$ 1 bilhão.
Como na Fokker, os maus resultados da Dasa têm pouco a ver com a qualidade dos produtos. Eles incluem de aeronaves regionais a satélites de comunicação e sensoriamento, e de turbinas aeronáuticas à construção de componentes e montagem dos Airbus.
Uma das críticas que se faz à companhia é exatamente a diversificação de sua linha de produtos, distribuídos por dezenas de locais.
O colapso do mercado bélico, o dólar fraco e a concorrência cada vez maior no mercado aeronáutico tiveram uma parcela de culpa no fraco desempenho da Dasa.
Não é de surpreender que os alemães se "apaixonassem" pela tradicional Fokker e seus bem-sucedidos produtos para a aviação comercial: o Fokker F-100 e o turboélice Fokker-50.
Acontece que a Fokker já entrou na união com a sua saúde econômica abalada. A morte da empresa foi anunciada em 22 de janeiro ao se concretizar a intenção da Dasa de retirar o apoio financeiro.

LEIA MAIS sobre a Fokker na pág. 6-11

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