São Paulo, terça-feira, 16 de abril de 1996![]() |
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Aposentados protestam por reajuste
CRISTIANE PERINI LUCCHESI
"O ministro da Previdência, Reinhold Stephanes, tem se recusado a discutir com as entidades dos aposentados. Vamos exigir negociação", afirmou Hennos Amorina, presidente da Federação dos Aposentados do Estado de São Paulo. Amorina esteve presente em ato realizado ontem à tarde pela Força Sindical na praça da Sé. Os 2.000 presentes, segundo a CET, e os 5.000, segundo os organizadores, gritavam: "Aposentado, aposentado, o maior abandonado." Índices "O governo tem US$ 8 bilhões para salvar um banqueiro, ajuda sempre os usineiros, mas quer dar só 4% de reajuste aos aposentados. Isso não dá para aceitar!", afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, durante a manifestação. A Força Sindical calcula que seriam necessários 21% de reajuste para repor as perdas nos benefícios da Previdência desde o início do Plano Real mais 47,68% para repor as perdas anteriores. "O governo está subestimando o poder de mobilização dos aposentados. O Collor (ex-presidente Fernando Collor de Mello) fez o mesmo e hoje está fora do Brasil", disse o presidente da Força Sindical, Luiz Antônio de Medeiros, na manifestação. Medeiros afirmou que já negociou com Stephanes e Pedro Malan, ministro da Fazenda. "Agora quero pedir audiência com FHC para resolver isso", disse. A Força Sindical ameaça ir à Justiça no início de maio caso não haja reposição integral das perdas nos benefícios. "Esse protesto foi só o início de uma mobilização de toda a sociedade a favor dos aposentados", disse Oswaldo Lourenço, vice-presidente da Confederação Brasileira dos Aposentados, que organiza o ato dia 17 em Brasília. Estimativa Lourenço acredita que mais de 1.000 aposentados devem comparecer ao protesto amanhã. "Só de São Paulo vamos levar 15 ônibus e cerca de 700 aposentados", disse Amorina. Para a federação dos aposentados, as perdas anteriores ao Plano Collor chegam a 77,26%. Os aposentados querem ainda unificar a data de pagamento dos benefícios no dia 5 de cada mês. Texto Anterior: Bancários negociam com direção do Excel; CGT Estadual SP quer suspender congresso Próximo Texto: Produtividade cresce, mas não cria novos empregos, diz Fiesp Índice |
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