São Paulo, terça-feira, 16 de abril de 1996
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Produtividade cresce, mas não cria novos empregos, diz Fiesp

Setor corta 4.191 postos de trabalho na 1ª semana do mês

ARTHUR PEREIRA FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Os empresários paulistas pretendem aumentar a produtividade de suas empresas neste ano, mas sem contratar novos funcionários.
A conclusão é de sondagem realizada pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) junto a 232 empresários de vários setores, em 29 de março.
O levantamento revela que 51% dos entrevistados pretendem aumentar a produtividade sem novas contratações. Desse total, 47% são do setor industrial.
Outros 19% pretendem aumentar a produtividade com demissões, e 22% disseram que vão aumentar a produtividade, mas também o número de funcionários. O setor de serviços representa 57% desse segmento.
"Isso demonstra que o nível de emprego vai continuar descolado do aumento da produção", diz Horácio Lafer Piva, diretor do Departamento de Pesquisa da Fiesp.
Entre os entrevistados, 38% são da indústria, 30% do setor de serviços, 17% do setor financeiro, 11% do comércio, 2% do setor agropecuário e 2% de outros setores.
Eles acreditam que o Plano Real vai se consolidar (81%), mas 66% temem que o déficit público comprometa a estabilidade econômica.
Mais da metade (54%) diz que 96 será um ano bom para os negócios.
Nível de emprego
O nível de emprego industrial no Estado de São Paulo caiu 0,20% na primeira semana deste mês, em comparação com a última semana de março. O índice corresponde a 4.191 demissões.
No ano, o nível de emprego caiu 3,56% (76.208 postos de trabalho a menos). Nos últimos 12 meses, a queda foi de 12,26%.

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