São Paulo, terça-feira, 16 de abril de 1996![]() |
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Técnico acha nova geração
ANDRÉ FONTENELLE; RODRIGO BUENO
"O que prometi aconteceu", explica. (AFt e RBu) * Folha - A que o senhor atribui o bom momento do futebol francês? Aimé Jacquet - A um trabalho iniciado há 20 anos. Graças aos centros de formação, à estrutura dos clubes franceses e à competência dos técnicos, muitos jovens apareceram. Folha - O senhor tem apostando em convocar e escalar jogadores jovens na seleção. Jacquet - É natural, pois estamos numa encruzilhada de mudança de gerações. A questão é fazer lentamente, sem traumas ou rupturas. Até agora, deu certo. Folha - É por isso que o senhor tem deixado fora jogadores mais velhos, como Eric Cantona? Jacquet - Cantona ficou oito meses sem jogar. Ele se deixou de fora. Agora, está voltando à boa forma. Podemos voltar a pensar. Folha - Quem são os favoritos ao título da Eurocopa? Jacquet - Itália e Inglaterra, que, em casa, pode se tornar imbatível. Também a Croácia. Folha - E na Olimpíada? Jacquet - Se todos usassem seus jogadores de até 21 anos, seria equilibrado. O fato de o Brasil poder contar com Romário, por exemplo, falseia a competição. Vamos usar apenas jogadores de até 21 anos. Folha - E para a Copa? Jacquet - É cedo. Folha - A França já está em clima de Copa? Jacquet - Os franceses estão sempre atrasados nesses eventos, mas estaremos prontos quando a hora chegar. O apoio popular é total. O futebol, na França, é o esporte número um. Neste ano, batemos os recordes de resultados e público. As equipes estão cheias de jovens de qualidade. A França se tornou o grande país do futebol. Folha - É possível comparar a geração atual à de Michel Platini? Jacquet - Não, porque não há um segundo Platini. Texto Anterior: França 'renasce' para a Copa do Mundo Próximo Texto: Clubes dominam na Europa Índice |
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