São Paulo, quarta-feira, 17 de abril de 1996
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Servidores param nos Estados

DA AGÊNCIA FOLHA

Em Minas Gerais cem pessoas participaram de uma manifestação em Belo Horizonte, convocada pela CUT, contra a política salarial para o funcionalismo público.
Os fiscais da Receita Federal em Minas decidiram fazer uma paralisação de 48 horas, mas o atendimento aos contribuintes do Imposto de Renda não foi afetado.
Segundo o sindicato dos fiscais, foi feita operação-padrão na alfândega do aeroporto de Confins. Nas estações aduaneiras do Estado foram liberadas apenas as cargas urgentes, como medicamentos.
Os servidores da Universidade Federal de Minas Gerais decidiram aderir à greve por tempo indeterminado. A universidade diz que as aulas não foram afetadas.
Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos Federais, pararam também 90% dos 100 servidores do Ibama em Belo Horizonte.
Servidores da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal entraram em greve em Santa Catarina. Segundo o Sindicato dos Servidores da Justiça do Trabalho, a greve atinge 1.300 servidores.
As aulas nas escolas técnicas federais também foram suspensas; 80% dos servidores pararam.
No Ceará, a greve contou com a adesão de 40% dos cerca de 25 mil funcionários federais no Estado, segundo avaliação do sindicato da categoria. A estimativa das chefias das repartições é semelhante.
Segundo o comando de greve, a Receita Federal foi a repartição com o maior índice de adesão. Na Universidade Federal do Ceará e na Delegacia Regional do Trabalho, a adesão foi de cerca de 90%.
No Paraná, cerca de 2.000 servidores federais (segundo a PM) participaram ontem em Curitiba de passeata contra as reformas administrativa e da Previdência. Os fiscais e técnicos da Receita foram os primeiros a aderir à greve.
No Maranhão, a adesão à greve dos servidores federais em São Luís foi maior na área de saúde.
Nos dois principais hospitais públicos do Estado, o Presidente Dutra e o Materno Infantil (ambos da Universidade Federal do Maranhão), 60% dos 1.950 funcionários pararam, segundo os hospitais. A Receita, o Ibama, a Funai e o IBGE também paralisaram as atividades.

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