São Paulo, quinta-feira, 18 de abril de 1996
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O que diz o contrato

- O contrato para a venda do Econômico ao Excel foi assinado no dia 12 de abril último e cópias entregues às partes envolvidas.
- Tem 12 páginas e 20 cláusulas.
- Assinam o documento o interventor no Econômico, Flávio Cunha, e o presidente do Excel, Ezequiel Nasser.
- Documento informa que os pontos do contrato serão submetidos na íntegra ao CMN e que a aprovação para participação estrangeira (UBP) no novo banco será encaminhada ao Executivo, como manda a Constituição.
- O Econômico "podre" vai pagar as demissões do Excel.
- O Excel assumirá os negócios bancários e financeiros operados por todas as agências do Econômico e suas subsidiárias ou filiais no exterior.
- O Excel não assumirá a parte "podre"; os passivos (débitos) do Econômico com BC (internos e externos), FGC (o seguro de depósito), Caixa, BNDES, Instituto de Resseguros do Brasil, Tesouro referentes a crédito rural e as obrigações decorrentes de aval e fianças.
- O Excel terá assegurado o equilíbrio econômico entre ativos (créditos) e passivos (débitos) e custos administrativos por seis meses. A projeção da necessidade para manter esse equilíbrio terá como data referência 30 abril próximo.
- O Excel estava reivindicando R$ 230 milhões para ter essa garantia de rentabilidade entre o que tem a receber e o que tem a pagar.
- O Econômico passará ao Excel R$ 2.226.719.263,13 em ativos e o valor correspondente em passivos.
- O presidente do BC anunciou na Comissão de Assuntos Econômico do Senado que a transferência seria de R$ 2,4 bilhões.
- O Econômico "podre" ficará com ativos e passivos de R$ 3.555.735.872,90.
- Caso seja verificada qualquer incorreção nos ativos que estão sendo transferidos, a diferença deverá ser reembolsada ao Excel.
- Todos os imóveis serão cedidos, por seu valor contábil, ao Excel.
- O contrato não faz referência ao dinheiro do Proer. Segundo o BC, para viabilizar o novo banco será necessária a liberação R$ 750 milhões do Proer.
- Segundo o senador Ney Suassuna (PMDB-PA), serão liberados do Proer; R$ 2,2 bilhões ficarão no BC como pagamento de parte dos empréstimos feitos pelo Econômico velho, que deve R$ 3,5 bilhões com o BC.

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