São Paulo, quinta-feira, 18 de abril de 1996 |
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BC vai pagar as demissões no Econômico
CARI RODRIGUES
O Excel pretende demitir cerca de 3.000 dos 9.500 funcionários do Econômico. Para isso, poderá adotar um plano de demissão voluntária. O custo das dispensas deve ser acertado até o dia 10 de maio. Este é um dos benefícios concedidos ao Excel na compra do Econômico e que consta no contrato assinado no último dia 12. O BC anunciou oficialmente a conclusão do negócio na noite de ontem. As agências do novo banco serão abertas no dia 6 de maio. Assim como consta do contrato ao qual a Folha teve acesso, o Excel não vai assumir as dívidas do Econômico com o BC, FGC (que administra o seguro de depósito), Caixa Econômica Federal, BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e Instituto de Resseguros do Brasil. Só para a CEF, o Econômico deve R$ 400 milhões. As dívidas com o Tesouro Nacional também não serão repassados ao Excel. Os bens imóveis da parte "boa" do Econômico serão "cedidos" pelo valor contábil (inferior ao de mercado) ao Excel. O Econômico "podre", sob administração do BC, vai assegurar ao Excel o equilíbrio econômico entre os créditos a receber (ativos) e o que tem a pagar (passivos). A garantia acontecerá por seis meses, tendo como referência o dia 30 de abril. O valor da garantia será definido até o dia 10 de maio. O Excel receberá a transferência de R$ 2.226.719.263,13 em ativos e valor correspondente em passivos. Os créditos que ficaram indisponíveis durante a intervenção serão remunerados por TR mais juros de 6% ao ano. As aplicações com prazo fixo terão a remuneração retomada a partir de 30 de abril. Texto Anterior: Projeto aprovado sofreu alteração Próximo Texto: O que diz o contrato Índice |
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