São Paulo, quinta-feira, 18 de abril de 1996
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Vai ou não vai?

CARLOS SARLI

Divulgada como certa, no ano passado, pelo presidente da ISA (International Surfing Association), o argentino Fernando Aguerre, a inclusão do surfe como esporte demonstração na Olimpíada de Sidney, Austrália, em 2000, ainda é dúvida.
O COI, que determinou a ISA como sua representante no surfe, ainda não definiu os esportes que ganharão o status olímpico na virada do século.
Cinco modalidades esportivas disputam duas vagas, sendo que uma já está ocupada pelo rúgbi, deixando apenas uma para quatro candidatos.
Se faz parte da estratégia de Aguerre, marketeiro competente, plantar a notícia para pressionar o COI e colher a inclusão, a negativa, caso aconteça, gerará uma frustração muito maior.
Por conta dessa (in) certeza, outra discussão já vem sendo travada: como serão formadas as equipes olímpicas?
A ISA defende a inclusão dos competidores de seus quadros, argumentando que o espírito olímpico se afina com a participação de atletas amadores, colocação superada desde os tempos em que os países do Leste Europeu colocavam seus times principais na competição, e absolutamente erradicada com o "Dream Team".
Já a ASP (Association of Surfing Professional) e os atletas que disputam o WCT, formado pelos 44 melhores do mundo, afirmam, com razão, que uma Olimpíada sem a inclusão dos top mundiais esvaziaria a competição nessa modalidade.
Certo mesmo é que, nas últimas semanas, rolaram as duas primeiras etapas do Circuito Brasileiro de Surfe Amador, que após cinco eventos definirá o time brasileiro que em outubro, na Califórnia, representará o país no extinto Mundial Amador, atual ISA Surfing Games.
Uma comissão do COI avaliará a organização, o formato e os critérios de julgamento para, só então, e após a mesma avaliação nos outros esportes candidatos, definir o eleito.

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