São Paulo, quinta-feira, 18 de abril de 1996 |
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'Dama do Lago' é radical
INÁCIO ARAUJO
Foi talvez a primeira vez (e talvez a última) em que alguém adotou um ponto de vista radicalmente subjetivo na filmagem. Ou seja, Robert Montgomery optou por adaptar o romance de Raymond Chandler sem mostrar o protagonista (ele só aparece de relance). A câmera ocupa, sempre, a posição do olhar do personagem. O efeito é estranhíssimo, pois temos um filme inteiro sem contracampo (a câmera na posição oposta à do olhar do personagem): o filme tem um só olhar, o do protagonista (que é visto apenas de relance, quando sua imagem é refletida no espelho). "A Dama do Lago" não é um grande filme, mas é único e indispensável. Quem quiser ver um filme único, indispensável, grande, tem de ligar na TNT, às 21h. Passa "Um Corpo que Cai", de Hitchcock. Batido? Com certeza. Melhor? Improvável. (IA) Texto Anterior: Tom Savini maquia "A Noite dos Mortos-Vivos" Próximo Texto: Renovação; Faxina; Na rota da audiência; Turrão Índice |
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