São Paulo, quinta-feira, 18 de abril de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

A arte dos flyers valoriza a cena dance no mundo

EVA JOORY
DA REPORTAGEM LOCAL

Os flyers, convites de festas descartáveis e de vários formatos e tamanhos, ganham rótulo de arte e viram tema de livro.
"Highflyers -Clubravepartyart" (Booth Clibborn Editions) faz uma análise da importância dos flyers na Europa e EUA, mostrando assim, o crescimento da cena dance no mundo.
Distribuídos na noite em clubes e bares, os flyers anunciam festas de maneira rápida e barata, devido ao baixo custo de impressão.
Em São Paulo, o designer gráfico Jorge Morábito, 34, é o responsável pelo visual de grande parte dos flyers que circulam pela cidade, assim como pelos logotipos de clubes e bares como Twiggy, Massivo e Latino, e dos antigos Nation, AZ 70 e Sra. Krawitz, entre outros.
Hoje Morábito cria flyers para três a quatro festas por semana, mas já chegou a fazer 12: "Fazer flyer no Brasil não dá muito trabalho. Os convites são feitos com uma ou duas cores no máximo. No caso de uma megafesta, o convite pode ser feito com quatro cores".
O custo de 3.000 convites (ideal para festas) é de R$ 700, incluindo arte, impressão e fotolito.
O outro lado é a criatividade: "O flyer funciona como um meio de comunicação. É uma arte sampleada, no mesmo sentido da música. Não tem grandes elaborações.
Encontramos idéias em revistas, livros e outras imagens. Juntamos tudo, transformamos e oferecemos algo diferente. Esta é a arte dos flyers", explica.
Morábito diz que a vantagem do flyer está na sua vida curta: "Ele é lido e jogado fora. O seu único objetivo é informar. Se o cliente não gostou, não dá para refazer. Não há tempo para isso".

Texto Anterior: CLIPE
Próximo Texto: Dicionário ilustrado de gestos decifra italiano
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.