São Paulo, quinta-feira, 18 de abril de 1996
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Sem aumento real; Mães em pânico; Sucesso ilusório; Regra nova; Oscar para todos; Discriminação

Sem aumento real
"É inaceitável a informação do ministro da Administração, Bresser Pereira, de que os servidores públicos federais tiveram aumento real de salários nos anos de 94 e 95 e que assim estão 'razoavelmente bem'.
Não houve qualquer aumento real nos vencimentos dos servidores públicos federais. E os servidores públicos do Judiciário Federal não estão nem um pouco bem.
Muitos são os servidores que se exoneram de seus cargos no Judiciário em troca de trabalho melhor remunerado.
Nós, juízes federais, da mesma forma que os servidores públicos, estamos com nossos vencimentos congelados por 16 meses e não obtivemos nenhum aumento real anteriormente a esse período.
Tudo aumentou durante esses 16 meses. Os preços, as tarifas públicas e os salários na iniciativa privada. Portanto, não houve aumento e sim redução real dos vencimentos no serviço público e na magistratura federal.
O secretário Bresser ou está mal-informado ou é mal-intencionado ao fazer essas afirmações. Qualquer uma das hipóteses é inadmissível para um ministro."
Pedro Carlos Sampaio Garcia, presidente da Associação dos Magistrados do Trabalho da 2ª Região -Amatra (São Paulo, SP)

Mães em pânico
"Assim como 1º/4 é para o americano o Dia da Prevenção contra o Terror, 15 de abril passou a ser para o povo de Campinas o Dia Municipal do Terror da Vacinação.
O que nos levou ao espanto foi a calma, a tranquilidade, o desinteresse das autoridades responsáveis.
Quando questionados pela imprensa sobre quem seria o responsável, responderam que a culpa era do lote.
Existe Ministério da Saúde, ministro da Saúde, Secretaria Estadual da Saúde, Secretaria Municipal da Saúde, todos representantes idôneos da área da saúde.
Só que para saber o que realmente aconteceu será necessária a vinda de técnicos da saúde do Rio de Janeiro.
O resultado só sairá na semana que vem. Enquanto isso não acontece, nós, mães desesperadas pelo atendimento, gostaríamos apenas de um entendimento da coisa."
Marcia Andrade Zancun (Campinas, SP)

Sucesso ilusório
"É possível julgar um modelo de serviço de saúde baseado apenas em pesquisa de opinião, como fez a Folha com o PAS (14/4)? Acredito que não.
Um paciente que recebe tratamento clinicamente equivocado pode, mesmo assim, estar ilusoriamente satisfeito.
Além disso, o Datafolha entrevistou apenas pacientes ambulatoriais, possivelmente vitimados por doenças menos graves.
Como estarão sendo tratados os pacientes graves, aqueles que as cooperativas não têm interesse em tratar porque são de alto custo?
Durante três anos a prefeitura deixou de investir na rede pública de saúde e permitiu que a qualidade dos serviços decaísse de forma acentuada.
Num segundo momento passou a investir em equipamentos e reaparelhamento, mas apenas para aquelas unidades que seriam cedidas ao PAS.
Em vez de comparar unidades PAS e não-PAS seria mais esclarecedor comparar o atendimento na capital com o de outras cidades onde o modelo do SUS tem sido implantado com maior retidão."
José Augusto Vasconcellos Neto (Santos, SP)

Regra nova
"Gostaria de saber se está no regulamento da CBF que enquanto o Corinthians não ganhar o jogo ele não acaba.
Comecei a pensar nessa hipótese após o jogo de 9/4 pela Copa do Brasil que acabou por desclassificar o time do Remo, que estava ganhando e acabou perdendo por um gol contra feito aos 48 minutos pelo jogador Castor."
Hedylaine Vanessa Boscolo (São Paulo, SP)

Oscar para todos
"Gostaria de cumprimentar o articulista Arnaldo Jabor pelo excelente artigo 'Eu também ganhei o Oscar'.
É maravilhoso constatar que não somos um país só de Fernandos, Sarneys e Mauricinhos. Valeu Jabor, todos ganhamos o Oscar contigo."
Moshelio C. Alves (Bremen, Alemanha)

Discriminação
"Dirijo-me ao jornal para reclamar de discriminação sofrida pelos leitores da Baixada Santista, desta vez com um agravante: a Folha ignora o Código de Defesa do Consumidor.
Leitores da Baixada, assinantes ou não, pagam pelo jornal a mesma quantia que os leitores da capital, objetivando a mesma prestação de serviços: recebimento dos mesmos cadernos, mesmo número de folhas, reportagens, anúncios etc.
Todavia, o caderno de classificados da Folha fornecido na capital é mais completo do que o distribuído em Santos.
Se nos calarmos, estaremos concordando com a quebra contratual. Compramos um serviço e estamos recebendo outro, aquém do contratado.
Sugiro aos leitores que se sentirem prejudicados que não renovem suas assinaturas, procurando averiguar eventuais direitos junto aos órgãos de defesa do consumidor, substituindo a Folha por jornais que respeitem seus consumidores."
Cristiane Delgado de Carvalho Silva (Santos, SP)
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"Quero registrar a minha insatisfação com a Folha. No começo de março renovei minha assinatura, e na semana seguinte este jornal resolveu fazer inovações, reduzindo vários cadernos em um só (Sua Vez), em prejuízo dos leitores do interior e litoral.
Também, estranho a atitude deste jornal com o envio da Revista da Folha somente durante a temporada de verão, quando os moradores da capital passam as férias em nossas praias, sendo que um assinante da capital e outro do litoral pagam o mesmo preço pela assinatura."
Anna Maria Gonçalves Campos (Santos, SP)

Nota da Redação - Os leitores não sofreram nenhum prejuízo em relação à parte editorial. O leitor passou a receber todas as reportagens de Imóveis e Tudo, incluídas no Sua Vez. Em relação aos classificados, os anunciantes têm como público-alvo os leitores da capital. Por isso preferem veicular sua mensagem apenas na Grande São Paulo. Com os anunciantes da Revista da Folha o mesmo acontece.

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