São Paulo, sexta-feira, 19 de abril de 1996 |
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La Bourgogne remoça com Bibas
JOSIMAR MELO
O restaurante nasceu há nove anos, inicialmente com a cozinha sob a batuta do inquieto argentino Francis Mallmann. Durou pouco. De lá para cá, várias fases se passaram, mas quase sempre anódinas, sem brilho maior. Vocação Embora engenheiro até ontem (acaba de se aposentar), Bibas tem sido a vida toda uma espécie de restaurateur enrustido. Divertia-se desossando intrincadas codornas para os amigos. Dedicava dias inteiros a preparar pratos para deleite da família. Empenhava (como ainda o faz) seu tempo livre a dirigir tertúlias eno-gastronômicas, como diretor e presidente da Sociedade Brasileira dos Amigos do Vinho. Bibas chegou a assumir esta sua faceta no final dos anos 70, quando manteve, com dois sócios, o clube Les Trois Amis & Companie, onde realizava jantares sob encomenda, combinando vinhos e comida. Agora no La Bourgogne ele realiza o velho sonho. Ao lado da mulher Vera, pode ser visto recebendo no salão, conferindo a carta de vinhos com quase 300 ítens ou correndo para a cozinha para supervisionar os pratos. Tradição francesa Estes seguem a tradição francesa, mas tratados com mais leveza e recebendo pitadas de ingredientes novos ou saídas criativas. Pode-se conferir pela bisque de milho com camarões (belo casamento da doçura do grão com o fruto-do-mar); pelo fundo de alcachofra recheado de presunto cru e queijo gruyère (que na verdade derretem e viram um caldo; pelo prato de badejo e salmão com musse de aipim e espinafre; pelo filé de cordeiro com molho de alho, cebolas glaceadas e cuscuz marroquino; por sobremesas como o crème brûlée com canela e baunilha... O casal Bibas mostra-se totalmente em casa, e é assim que fazem sentir-se os clientes que vão agora ao La Bourgogne. Texto Anterior: Grupo Kiss retorna aos palcos com sua formação original Próximo Texto: Concurso - 1; Curso - 2; Sushi rápido; San Marino Índice |
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