São Paulo, sexta-feira, 19 de abril de 1996 |
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EUA pedem trégua; Israel impõe condição
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
O premiê israelense, Shimon Peres, disse que aceitaria a proposta americana "imediatamente" se os guerrilheiros do Hizbollah também o fizessem. O governo norte-americano vinha mantendo posição de apoio tácito aos ataques de Israel contra os grupos guerrilheiros baseados no sul do Líbano desde o seu início, há uma semana. Ao desembarcar em São Petersburgo, Rússia, após o bombardeio israelense do campo de refugiados das Nações Unidas, Clinton disse: "os eventos de hoje deixam dolorosamente clara a importância de se pôr fim à atual violência no Líbano". Em Washington, o adversário de Clinton na eleição presidencial de novembro, senador Bob Dole, criticou a demora do governo dos EUA para assumir papel ativo nos esforços para pôr fim aos combates. Dole disse que o secretário de Estado deveria ter sido mandado ao Oriente Médio antes. O líder da oposição a Clinton ainda afirmou que os EUA devem pressionar a Síria para agir em favor da paz. Christopher viaja hoje para o Oriente Médio, logo após reunir-se com seu colega chinês Qian Qichen, em Haia, Holanda. O coordenador de Oriente Médio do Departamento de Estado, Dennis Ross, seguiu para a região ontem. Clinton participa hoje em Moscou de conferência de cúpula do Grupo dos Sete (países mais ricos do mundo), convocada para discutir a questão da segurança nuclear. Mas o presidente da França, Jacques Chirac, anunciou ontem que vai levantar o tema do Oriente Médio assim que a reunião começar. Chirac telefonou para o premiê Shimon Peres e pediu a ele que suspenda as operações militares no sul do Líbano. A França quer que os EUA se juntem a ela no papel de fiadora de um cessar-fogo no sul do Líbano. Mas os EUA demonstram estar desarticulados sobre como responder ao incidente de ontem. Texto Anterior: Atiradores matam 18 gregos no Cairo Próximo Texto: Boutros-Ghali rejeita condenação Índice |
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