São Paulo, sábado, 20 de abril de 1996 |
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Menino de nove anos é ferido a bala em ataque a sem-terra Conflito aconteceu em acampamento com 350 famílias MÔNICA SANTANNA
O menino permanecia ontem internado no hospital Bom Jesus. Seu estado de saúde, segundo o médico Juan Costa, é regular, mas não é grave. Ireno Prochmow, um dos líderes do MST no Paraná, disse ontem à Agência Folha que o ataque foi feito por 20 funcionários da fazenda Perpétuo, de propriedade de José Airton de Mattos Leão. Segundo Prochmow, o tiroteio durou toda a madrugada de ontem e parte da manhã e da tarde. "Eles agiram na calada da noite", disse. Zeluy de Mattos Leão, mulher de José Airton, disse que seu filho, José Mattos Leão Neto, 38, é quem garante a propriedade da família. "Meu filho é médico cirurgião, largou tudo para tomar conta do que é nosso", afirmou. Segundo ela, a fazenda pertence à família há 35 anos e é produtiva. "São 250 alqueires de soja e parte com erva-mate", disse. Ela disse que o filho suspeitou da ocupação devido ao acampamento de sem-terra na beira da rodovia. Os sem-terra haviam ocupado a fazenda Perpétuo na manhã da última quarta-feira, mas decidiram deixar o local ontem pela manhã temendo novo ataque, segundo Prochmow. Texto Anterior: Advogado responsabiliza União Próximo Texto: Judiciário apóia sem-terra Índice |
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