São Paulo, sábado, 20 de abril de 1996
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Matador de cães assusta Pacaembu

DA REPORTAGEM LOCAL

Os cães passaram de agressores a vítimas no Pacaembu, bairro nobre da região central de São Paulo. Dois meses depois que o ataque de um cachorro virou caso de polícia, uma onda de assassinatos de cachorros fez um grupo de moradores oferecer R$ 1.000 pela indicação do culpado.
Desde o início do ano, seis cães de quatro casas diferentes morreram na rua Atibaia. No último dia 30, houve três vítimas dos bolos de carne com veneno, jogados no quintal das casas.
"O assassino é uma pessoa sádica e perigosa, que pode com sua ação atingir crianças e adultos", afirma um folheto distribuído pelo bairro.
Em algumas esquinas da área, também foram colocadas faixas ameaçando o agressor.
Segundo o ex-perito judicial Gilvan Guedes Pereira, dono de um cão que sofreu duas tentativas de assassinato, o matador usa estricnina. "Fizemos autópsia e o veterinário comprovou."
Ele diz não poder apontar suspeitos, mas afirma que, "por coincidência", as casas que tiveram seus cães atingidos são as que não pagam a segurança noturna oferecida na rua.
O vigia do período noturno não foi encontrado ontem para comentar a afirmação.
Mary Stella Praun, 58, que mora a 200 metros da rua, afirma que a última coisa que deseja é ser apontada como suspeita. "Adoro cães. Tenho três."
Em fevereiro, ela sofreu o ataque de um cachorro, que fez com que tomasse 40 pontos.

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