São Paulo, sábado, 20 de abril de 1996
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Novos ataques matam três guerrilheiros

DO ENVIADO ESPECIAL; DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Ataques efetuados ontem contra o sul do Líbano mataram pelo menos três guerrilheiros do Hizbollah (Partido de Deus) e feriram outros dois na região do vale do Bekaa.
As três baixas teriam sido as perdas mais significativas do grupo desde o começo da Operação Vinhas da Ira por Israel, mas a Folha apurou que pode haver mais.
A omissão teria o objetivo de dar caráter apenas civil às vitimas do lado libanês.
Além deste ataque, uma ação contra o campo de Rachidié, perto de Tiro, matou pelo menos uma pessoa e deixou duas feridas.
A aviação israelense também atacou outros oito povoados da região de Tiro, disparando cerca de 300 obuses, segundo a ONU.
Israel interditou a estrada que liga Beirute a Sidon. Lanchas da Marinha israelense que estão no Mediterrâneo atiraram contra automóveis perto de Rmailé, provocando pânico entre os poucos motoristas que estavam na via.
O Exército israelense havia avisado que o bombardeio começaria ao meio-dia (6h em Brasília). Segundo Israel, o objetivo da operação é "impedir o envio de reforços para os terroristas até o sul".
A rádio pró-Israel "A Voz do Sul", que opera no sul do Líbano, também avisou que o Exército bombardearia mais 44 vilarejos, e advertiu civis para que não se refugiem em locais próximos a bases do Hizbollah.
Três civis que ficaram feridos no ataque de anteontem contra a base da ONU em Qana (leste de Tiro) morreram ontem em consequência dos ferimentos.
Já são mais de cem os mortos no pior ataque desde o início da ofensiva israelense contra o Líbano. Cifras não-oficiais indicam que o número mortos pode chegar a 150.
Norte de Israel
O Hizbollah continuou atacando a região da Galiléia, atingindo a cidade de Kiryat Shmona. O ataque ocorreu durante visita do ministro da Saúde israelense, Ephraim Sneh, à região. Os disparos de mísseis Katiucha causaram estragos, mas não deixaram vítimas.

Com agências internacionais

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