São Paulo, domingo, 21 de abril de 1996
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Cúpula trata de crise no Líbano

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A crise no Oriente Médio levou a reunião do G-7 (grupo dos sete países mais ricos) em Moscou a deixar para segundo plano seu assunto principal (a segurança nuclear) e propor um cessar-fogo para o conflito no Líbano.
As negociações levaram ao envio de representantes dos países ao Oriente Médio. Já estão lá a chanceler italiana, Susanna Agnelli, o chanceler francês, Hervé de Charette, o secretário de Estado norte-americano, Warren Christopher, e o chanceler da Rússia (que participou do evento na qualidade de anfitriã), Ievgueni Primakov.
Apesar da mudança nos planos do encontro de representantes de Canadá, Reino Unido, Itália, França, Alemanha, Japão, EUA e Rússia, a reunião teve resultados também na área nuclear.
A Rússia anunciou que apoiava formalmente esforços para uma proibição total de todos os testes nucleares, mesmo os menores.
O presidente Boris Ieltsin também prometeu ao premiê japonês, Ryutaro Hashimoto, que assinaria neste ano uma convenção internacional para impedir o despejo de lixo nuclear no mar.
Eleição
Além de tratar da crise no Líbano, o encontro também serviu para Ieltsin buscar apoio internacional em sua campanha à reeleição.
Ieltsin saiu em desvantagem em relação ao líder neocomunista Guennadi Ziuganov nas pesquisas para as eleições de 16 de junho.
"Eles falaram sobre a eleição, o Líbano, foi tudo", disse o porta-voz do premiê Hashimoto, sobre as conversas durante o jantar oferecido pelo presidente russo. Ieltsin teria falado por uma hora e meia sobre as eleições.

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