São Paulo, segunda-feira, 22 de abril de 1996
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Polícia palestina descobre um complô para assassinar Arafat

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A policia palestina revelou ontem a existência de um plano secreto do Hamas (Movimento de Resistência Islâmico) para assassinar o líder palestino Iasser Arafat.
A agentes do serviço secreto palestino descobriram há duas semanas planos do Hamas para assassinar Arafat e outras altas autoridades do governo palestino.
"Membros da ala militar clandestina (do Hamas) confessaram que receberam ordens para assassinar Arafat no cemitério central da cidade de Gaza, no próximo dia 28, quando acontece o primeiro dia das cerimônias muçulmanas do Kurban", declarou à imprensa o coronel Tawfik Jaber, responsável pela segurança palestina na faixa de Gaza.
Suicidas
Desde seu retorno a Gaza, há dois anos, nos dias de cerimônias muçulmanas Arafat tem visitado os túmulos dos palestinos mortos pelos israelenses durante a intifada, a rebelião contra as forças de ocupação de Israel, considerados pelo governo como mártires.
Jaber mostrou numa coletiva dois ativistas que disseram ter recebido instruções para assassinar Arafat e outros líderes palestinos, transmitidas pelo líder do Hamas Ziad Al Keshaui, baseado em Amã, capital da Jordânia.
O Hamas e a Jihad (Guerra Santa) Islâmica rejeitam a paz com Israel e realizaram mais de uma dezena de atentados suicidas em território israelense, matando pelo menos 140 pessoas desde o estabelecimento do regime autônomo palestino, em maio de 1994.
Segundo a polícia palestina, os membros do Hamas que receberam instruções de Keshuai afirmaram estar "arrependidos".
Ainda segundo Jaber, tinham em seu poder armas e explosivos e já teriam colaborado com atentados suicidas do Hamas em território israelense.

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