São Paulo, terça-feira, 23 de abril de 1996 |
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Médicos de Recife tentam novo tratamento para intoxicados Método vai usar carvão para eliminar toxina do sangue FÁBIO GUIBU
A intoxicação, que aconteceu em fevereiro, já causou a morte de pelo menos 38 pessoas. Segundo o médico especialista em fígado da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), Vitorino Spinelli, o método nunca foi aplicado numa situação semelhante. O tratamento, explicou, é mais simples e barato que a plasmaferese (troca do plasma sanguíneo), que até ontem vinha sendo feita em 3 dos 76 pacientes internados. Os dois procedimentos têm o mesmo objetivo: retirar do organismo a microcistina LR, responsável, segundo a Secretaria de Saúde, por 38 das 42 mortes. A diferença, disse o médico, é que essa filtração não requer uma máquina específica. "Basta acoplar os filtros ao equipamento de hemodiálise", afirmou. O sangue passa por cilindros "recheados" de carvão ativado em grãos, antes de voltar ao corpo, para que a toxina seja retida. Nenhum dos dois tratamentos visam curar a hepatite tóxica. A idéia é evitar que a toxina no sangue continue a contaminar os pacientes, disse Spinelli. Segundo o secretário de Saúde do Estado, Jarbas Barbosa, não há remédio específico contra a hepatite tóxica. Ainda não há data definida para o início da filtração. Os especialistas vêm encontrando dificuldades em obter os filtros. Texto Anterior: Lutz divulga hoje resultado de exames Próximo Texto: Atraso pode comprometer combate à mortalidade Índice |
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